postado em 22/05/2013 06:09
No primeiro balanço de atividades divulgado desde que foi instalada, há um ano, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) acusou a Marinha de mentir para o governo federal sobre o destino de militantes políticos desaparecidos durante a ditadura militar.De acordo com o colegiado, em 1993 ; durante o governo de Itamar Franco ;, o então ministro da Justiça, Maurício Corrêa, requisitou informações da Marinha sobre o paradeiro de desaparecidos políticos. Em ao menos 11 casos, os dados apresentados divergem de relatório produzido pela própria Marinha em 1972 contendo informações sobre as mortes desses militantes.
Um dos casos mais famosos relacionados é o do deputado federal Rubens Paiva, desaparecido em janeiro de 1971. Paiva aparece na lista de mortos de um prontuário ultrassecreto elaborado pelo Centro de Informações da Marinha (Cenimar) em 1972 , obtido pela comissão. Mas, na resposta fornecida ao governo em 1993, a Força reforça a versão de que o deputado teria escapado da custódia do Destacamento de Operações de Informações ; Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), e cita o deputado como foragido.