Juliana Braga
postado em 28/05/2013 19:09
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse na tarde desta terça-feira (28/5) que não irá ler em plenário duas medidas provisórias (MP;s) de apreço do Palácio do Planalto. A 601/2012 e a 605/2012 foram aprovadas somente hoje na Câmara dos Deputados e, mesmo que fossem lidas hoje, haveria apenas sete dias para os senadores analisarem as matérias e apresentarem suas emendas. No último dia 17, Renan prometeu aos senadores que não colocaria mais em votação matérias que tivesse de ser apreciadas em menos de sete dias. Nesse dia, o Senado votou a MP dos Portos na mesma tarde em que ela chegou à Casa.[SAIBAMAIS] "Essa questão não é política, é matemática. Se nós precisamos de sete dias, e não temos os sete dias, já é uma decisão tomada", disse no início da tarde. Segundo ele, essa não é uma "decisão do presidente" do Senado. "É uma decisão da instituição que considera que é papel constitucional dela discutir as medidas provisórias, alterar", sustentou.
Renan ainda tentou na reunião de líderes chegar a um entendimento para votar pelo menos a 605/2012, que reduz as tarifas de energia elétrica. Como a oposição não concordou, os líderes do governo, Eduardo Braga (PMBM-AM) e do PT no Senado, Wellington Dias (PI), solicitaram em plenário a leitura do texto, o que determina o início de sua tramitação. O presidente do Senado optou então por apreciar a ordem dia e depois colocar em discussão se lê ou não o texto oriundo da Câmara.