postado em 05/06/2013 12:50
Ao reconhecer como vitória a diminuição do desmatamento como principal impulsionador da redução das emissões de gases de efeito estufa, a presidente Dilma Roussef disse nesta quarta-feira (5/6) que o Brasil precisa se preocupar agora com as emissões geradas por outros setores, como o de energia. Dilma lembrou que, quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas não é suficiente, são as térmicas, fontes mais poluentes, que assumem a função de abastecer de energia o país.;Nós, que definimos de forma voluntária um objetivo, no horizonte de 2020, de redução de emissão de gases de efeito estufa entre 36,1% e 39%, vamos continuar no processo para diminuir esse desafio, sabendo que ele se tornou extremamente passível de ser cumprido, mas, ao mesmo tempo, colocou para nós problemas que temos que enfrentar;, disse a presidenta
;Temos que enfrentar o fato de que, se continuarmos a fazer hidrelétricas a fio d;água, se continuarmos a ter a fórmula e também a arquitetura da energia renovável como temos neste momento, haverá uma tendência inexorável de aumento das térmicas na nossa matriz;, destacou.
[SAIBAMAIS]Além do setor energético, a presidenta ressaltou alternativas para que o país se aproxime do cumprimento da meta assumida. Uma das bandeiras do governo brasileiro é capitaneado pelo Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) que, no Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014 lançado na terça-feira (4/6), destinou R$ 4,5 bilhões para práticas como plantio direto, alternância de culturas e integração lavoura-pecuária-floresta.
;É um crédito de boa qualidade, barato e com prazo maior. O uso dessas técnicas, mais adequadas ao meio ambiente, é extremamente eficiente e o produtor ganha porque produz mais, com melhor qualidade e menor custo;, disse.
O modelo de crescimento sustentável que foi adotado pelo Brasil tem sido reconhecido pela comunidade internacional. ;A força do Brasil perante o mundo está no modelo que mostramos ser possível, que combina meio ambiente, com redução de desigualdade, aumento de produtividade e inovação. Temos que colocar o conhecimento no centro das discussões;, disse Dilma, acrescentando que o governo já destinou R$ 3 bilhões para pesquisas na área de energias renováveis.
;Não podemos confiar apenas nas nossas vantagens de solo e clima. Só usando tecnologia para o crescimento com sustentabilidade daremos o salto nos próximos anos;, destacou a presidenta durante reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), no Palácio do Planalto.