postado em 23/06/2013 07:00
Atingidos por rojões, os policiais militares posicionados em frente ao Congresso Nacional, na última quinta-feira, observavam os agressores, sem reagir. A aparente passividade é uma das estratégias para o que, agora, tornou-se uma prioridade para os órgãos de segurança pública: concentrarem-se na identificação dos vândalos e mostrar que eles não ficarão impunes pelos atos durante os protestos por todo o país. A meta é que os casos solucionados se tornem exemplo e, assim, espantem os ;arruaceiros; dos movimentos, como a presidente Dilma Rousseff os definiu, no discurso em cadeia nacional de rádio, na sexta-feira.
A Polícia Militar do Distrito Federal usou câmeras durante a manifestação na Esplanada dos Ministérios para tentar gravar os atos de violência. Assim, ainda que pudessem deter os agressores, os policiais em ação preferiram não agir. Com receio de que as prisões fizessem com que os manifestantes pacíficos se voltassem contra a polícia e também partissem para a agressão, ou que falhassem no momento de captura dos agressores, os agentes, estrategicamente, ficaram de braços cruzados diante dos rojões atirados, enquanto os rostos dos arruaceiros eram filmados.
É uma das ações das equipes de investigação. Além das imagens gravadas pela própria PM, os policiais terão acesso também às cenas gravadas por um avião não tripulado que sobrevoou a Esplanada durante o protesto de quinta-feira passada. O aparelho é de uma empresa particular, cujo nome não foi informado pela Polícia Militar, que se ofereceu para filmar as manifestações e fornecer as gravações para a polícia. A intenção da empresa é vender uma dessas aeronaves à corporação, que não informou se tem interesse na compra.
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