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Politica

Dilma admite voltar atrás em proposta sobre Constituinte, diz OAB

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil disse que Dilma estava "convencida" de que não havia necessidade de convocar uma assembleia constituinte para tratar da reforma política

Após anunciar na segunda-feira (24/6) consulta popular para a convocação de uma constituinte exclusiva sobre reforma política, o governo tergiversou sobre a proposta. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Coêlho, saiu do encontro que teve com a presidente Dilma Rousseff afirmando que ela estava ;convencida; de que não havia necessidade de convocar uma assembleia constituinte para tratar do assunto. Minutos depois, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também presente no encontro, minimizou as declarações.



Minutos depois, o ministro da Justiça relativizou as declarações de Coelho, e da própria presidente, no dia anterior. Segundo ele, Dilma não convocou uma constituinte, e falou, de forma genérica, em ;processo constituinte;, o que não seria a mesma coisa. ;A principal questão colocada pela presidente ontem é que a população seja ouvida. E essa proposta coaduna com essa premissa porque pode haver um plebiscito sim;, justificou. Ainda de acordo com o ministro, essa reforma pode ser feita de várias formas, inclusive a constituinte, mas que todas as estratégias serão analisadas. ;Ontem a presidente não fechou as portas pra nenhuma dessas maneiras;, disse.

Cardozo afirmou que outras entidades e outros representantes de movimentos sociais ainda serão ouvidos sobre o assunto. Ele ressaltou também que a decisão final é do Congresso Nacional.