Politica

Após PEC, Senado Federal busca consenso para votar reforma política

Calheiros vai ouvir as lideranças da base governista para tentar consenso sobre os instrumentos para viabilizar as mudanças

postado em 25/06/2013 15:37
A ideia de uma reforma política por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) começou a ganhar força no Senado, depois de uma reunião entre o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) e líderes de partidos da oposição. Calheiros vai ouvir as lideranças da base governista para tentar consenso sobre os instrumentos para viabilizar as mudanças.

Depois de ouvir os líderes, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o presidente da Ordem dos Advogados no Brasil (OAB), Marcus Vinicius, Renan Calheiros deve vai conversar com a presidenta Dilma Rousseff. A reunião entre Renan e Dilma está marcada para as 17h30, no Palácio do Planalto.

Para o senador Pedro Taques (PDT-MT), uma emenda constitucional seria o melhor instrumento para viabilizar a reforma política. ;Aqui [no Congresso Nacional] existem propostas de emenda, as mais maravilhosas possíveis. O que falta é vontade política para aprovar. Se o Poder Executivo, que tem a maior base da história brasileira, desejar aprovar as propostas, as propostas serão aprovadas, mas se faltar a vontade política, eu entendo que temos que buscar outros mecanismos;, alertou.



[SAIBAMAIS]Taques defendeu que o financiamento público de campanha esteja entre os temas prioritários da proposta, mas lembrou que a reforma política não pode ser confundida com reforma eleitoral. Segundo ele, temas como a relação entre os poderes Executivo e Legislativo também devem estar no debate.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) defendeu que a reforma política seja feita a partir de uma PEC e que o detalhamento da proposta saia do Planalto. ;Ela [presidenta, Dilma Rousseff] não pode, simplesmente, jogar para o Congresso a responsabilidade de votar algo que, aqui, sabe-se que é extremamente polêmico;, disse.

;Nós achamos que este é o leito mais seguro, mais natural. Uma reforma que possa ser discutida pelo Congresso e, se aprovada, submetida a um referendo da população brasileira;, disse.

O presidente do PSDB disse que a oposição vai apresentar um conjunto de iniciativas que dependem exclusivamente do governo federal nas áreas de saúde, educação e segurança pública.

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