Juliana Braga
postado em 29/06/2013 06:04
A presidente Dilma Rousseff teve ontem mais uma série de reuniões e marcou outras para a segunda-feira na tentativa de emplacar uma ideia que não encontra consenso nem sequer na base aliada. Como a proposta de fazer um plebiscito para que a população se manifeste sobre a reforma política foi divulgada pela própria Dilma em discurso no início da semana, a ordem do Planalto a todos os que participam das reuniões é demonstrar que a consulta popular tem consenso, mas a reação contrária ao assunto está maior entre governistas e oposicionistas do que o governo tenta fazer parecer.
A pressão para a presidente não ser desautorizada ficou nítida na quinta-feira, quando ela se encontrou com presidentes de partidos e líderes da base. O discurso dos parlamentares que participaram do encontro foi monitorado de perto pela ministra da Comunicação Social, Helena Chagas. O comando era declarar que a ideia de plebiscito é unanimidade na base. O líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (SP), chegou a publicar nota oficial ontem reforçando que toda a bancada é favorável ao plebiscito, e que "Cessa posição é compartilhada por todos os partidos da base aliada". Mas não convenceu.