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Politica

Dilma teme ser hostilizada no Rio e retira da agenda visita ao Maracanã

Presidente retira da agenda oficial a visita ao Maracanã, onde acompanharia a final da Copa das Confederações. Seleção Brasileira deve ser recebida no Planalto na próxima semana

A agenda oficial de Dilma Rousseff, divulgada na noite de ontem, descarta a participação da presidente na final da Copa das Confederações, entre Brasil e Espanha, amanhã, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Na abertura do torneio, há duas semanas, em Brasília, ela foi vaiada e não proferiu o discurso que havia preparado. A presidente deve convidar a Seleção Brasileira para visitar o Palácio do Planalto na semana que vem. Ao longo da semana, Dilma Rousseff ainda cogitava ir ao jogo, mas sem discursar e sem que sua imagem aparecesse no telão. Ela foi convidada, pelo comitê organizador da Fifa, para participar da cerimônia de premiação, como todos os presidentes dos países sede, mas ainda não havia decidido se aceitaria. O temor é de ser hostilizada durante a entrega das medalhas aos atletas. A Secretaria de Comunicação chegou a confirmar a presença de Dilma antes de divulgar a agenda, mas recuou ontem. A avaliação do Planalto é a de que o momento atual é ainda mais desconfortável do que na abertura da Copa das Confederações devido à onda de protestos no país, e que seria difícil evitar constrangimentos.