Juliana Braga
postado em 02/07/2013 07:16
Em resposta aos protestos que explodiram pelo país há três semanas e com uma queda recorde na popularidade, a presidente Dilma Rousseff promoveu nessa segunda-feira (1;/7) uma megarreunião com a equipe ministerial. Por mais de cinco horas na Granja do Torto, residência oficial de campo da Presidência, eles discutiram, principalmente, a reforma política em gestação. O Planalto encaminha nesta terça-feira (2/7) ao Congresso Nacional mensagem com sugestões de temas a serem decididos em plebiscito pela população, como financiamento das campanhas. Apesar do otimismo de integrantes do governo em relação à iniciativa, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, criticam a medida. Além disso, deputados e senadores, inclusive da base, demonstram que não será fácil levar o assunto adiante. Há uma insatisfação de parte dos parlamentares sobre como o tema foi tratado com o Congresso. Dilma gostaria de ver as mudanças políticas valendo já nas eleições de 2014, apesar de admitir que não cabe ao Executivo a definição de prazos nesse caso.[SAIBAMAIS]"Nós (governo) não temos como definir isso (prazo). Eu gostaria muito, para levar em conta toda essa energia que vimos nas mobilizações, que tivesse efeito nas eleições (2014)", ressaltou. De acordo com a presidente, a mensagem que será enviada hoje ao Legislativo vai tratar basicamente de financiamento de campanha e sobre o padrão de voto feito pelo eleitor: proporcional, distrital, misto, etc. "É óbvio que não daremos sugestões de perguntas, porque não somos nós que as fazemos. As perguntas ficam entre o Senado e a Câmara de um lado e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de outro - que formata as perguntas. Está claro na Constituição: quem convoca o plebiscito é o Congresso Nacional. Por isso, eu insisti na palavra sugestão", afirmou. O TSE deverá responder ao Planalto - hoje ou no mais tardar até o fim da semana - consulta sobre as condições da realização de um plebiscito.