postado em 03/07/2013 15:34
O governo endureceu com a paralisação nacional dos caminhoneiros, determinou às forças policiais a desobstrução de todas as estradas do país e ainda advertiu os participantes da possibilidade de novas multas e prisões dos participantes. O Ministério da Justiça determinou à Polícia Federal que abrisse inquérito para investigar as motivações dos protestos em nove estados, liderados pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro (Mubc). O presidente da entidade, Nélio Botelho, está sendo acusado pelo Planalto de praticar o crime de locaute, como é chamada a greve de empresas prestadoras de serviços por decisão dos próprios empresários.
"É fundamental no país que estradas não sejam interrompidas e o meu governo não ficará quieto perante esse processo. Na nossa bandeira tem a palavra ordem, que significa democracia mas também respeito às condições da produção e de circulação das pessoas", discursou a presidente Dilma Rousseff durante cerimônia no Palácio do Planalto.
Ela descartou qualquer negociação com os abusos nos protestos e avisou que não admitiria qualquer turbulência nas atividades produtivas e na vida da população. "Uma coisa são manifestações pacíficas que muito engrandecem o país, outra coisa completamente diferente é acreditar que o país possa viver sem normalidade e estabilidade", sublinhou.
Os caminhoneiros realizam nesta quarta-feira (3/7) o terceiro dia de protestos pelo país e bloqueiam estradas em pelo menos seis estados. Ontem, a Justiça Federal no Rio de Janeiro multou o Mubc em R$ 6,3 milhões. No domingo, 30, a Advocacia Geral da União (AGU) havia conseguido liminar para multar o movimento em R$ 10 mil por hora caso interrompessem o tráfego nas rodovias federais. Por ter descumprido a decisão, a multa subiu para R$ 100 mil.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi instruída a negociar as obstruções e avisar à Polícia Federal sobre eventuais resistências. Em caso de crimes flagrantes, a PF está autorizada a realizar prisões de envolvidos", ressaltou, lembrando que a autoridade policial tem liberdade de agir de forma preventiva, inclusive prendendo suspeitos. Até o começo da tarde havia 11 presos em decorrência das manifestações, sobretudo em razão de bloqueios.
O ministro dos Transportes, César Borges, que havia comunicado na véspera ao colega da Justiça sobre os indícios de locaute, desqualificou o movimento do Mubc. Segundo ele, após conversar com todos as entidades sindicais que representam os caminhoneiros e com os próprios motoristas, percebeu que se tratava de uma "ação isolada, minoritária e movida por interesses particulares, que buscavam benefícios para empresas". Borges fez questão de lembrar das ameaças feitas por Botelho na sexta-feira pela imprensa de desabastecimento de combustíveis e alimentos com as manifestações iniciadas na madrugada de segunda-feira.
Ele acredita que os protestos começaram fracos e vão cessar antes do previsto. A grande extensão dos eventos, sobretudo em Minas Gerais, deve-se, segundo Borges, à prática da interdição de rodovias importantes. "Com dois a cinco caminhões provoca-se longas filas de quem não consegue seguir adiante", ilustrou. Para ele, as demandas apresentadas por Nélio Botelho, a quem chamou de empresário frotista, contrariam leis ou estão aquém das possibilidades do governo. "A isenção da cobrança de pedágio desrespeita contratos, o subsídio ao diesel já existe e mudanças na Lei dos Caminhoneiros, sancionada ano passado, estão sendo avaliadas pela Casa Civil e o Congresso", resumiu.
O advogado geral da União, Luiz Inácio Adams, comunicou o ingresso de um novo pedido de liminar do governo junto à Justiça de Minas Gerais, de igual teor da obtida no Rio de Janeiro, com multa de R$ 100 mil por hora. Ele ressaltou que Nélio, líder de uma cooperativa de transportadores que presta serviços à Petrobras, poderá ser punido pela estatal com a suspensão dos 29 contratos "tão logo termine o processo de avaliação do cumprimento das cláusulas". Segundo Adamas, a empresa de Botelho recebe R$ 4 milhões mensais pelos serviços prestados à BR Distribuidora.
"É fundamental no país que estradas não sejam interrompidas e o meu governo não ficará quieto perante esse processo. Na nossa bandeira tem a palavra ordem, que significa democracia mas também respeito às condições da produção e de circulação das pessoas", discursou a presidente Dilma Rousseff durante cerimônia no Palácio do Planalto.
Ela descartou qualquer negociação com os abusos nos protestos e avisou que não admitiria qualquer turbulência nas atividades produtivas e na vida da população. "Uma coisa são manifestações pacíficas que muito engrandecem o país, outra coisa completamente diferente é acreditar que o país possa viver sem normalidade e estabilidade", sublinhou.
Os caminhoneiros realizam nesta quarta-feira (3/7) o terceiro dia de protestos pelo país e bloqueiam estradas em pelo menos seis estados. Ontem, a Justiça Federal no Rio de Janeiro multou o Mubc em R$ 6,3 milhões. No domingo, 30, a Advocacia Geral da União (AGU) havia conseguido liminar para multar o movimento em R$ 10 mil por hora caso interrompessem o tráfego nas rodovias federais. Por ter descumprido a decisão, a multa subiu para R$ 100 mil.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi instruída a negociar as obstruções e avisar à Polícia Federal sobre eventuais resistências. Em caso de crimes flagrantes, a PF está autorizada a realizar prisões de envolvidos", ressaltou, lembrando que a autoridade policial tem liberdade de agir de forma preventiva, inclusive prendendo suspeitos. Até o começo da tarde havia 11 presos em decorrência das manifestações, sobretudo em razão de bloqueios.
O ministro dos Transportes, César Borges, que havia comunicado na véspera ao colega da Justiça sobre os indícios de locaute, desqualificou o movimento do Mubc. Segundo ele, após conversar com todos as entidades sindicais que representam os caminhoneiros e com os próprios motoristas, percebeu que se tratava de uma "ação isolada, minoritária e movida por interesses particulares, que buscavam benefícios para empresas". Borges fez questão de lembrar das ameaças feitas por Botelho na sexta-feira pela imprensa de desabastecimento de combustíveis e alimentos com as manifestações iniciadas na madrugada de segunda-feira.
Ele acredita que os protestos começaram fracos e vão cessar antes do previsto. A grande extensão dos eventos, sobretudo em Minas Gerais, deve-se, segundo Borges, à prática da interdição de rodovias importantes. "Com dois a cinco caminhões provoca-se longas filas de quem não consegue seguir adiante", ilustrou. Para ele, as demandas apresentadas por Nélio Botelho, a quem chamou de empresário frotista, contrariam leis ou estão aquém das possibilidades do governo. "A isenção da cobrança de pedágio desrespeita contratos, o subsídio ao diesel já existe e mudanças na Lei dos Caminhoneiros, sancionada ano passado, estão sendo avaliadas pela Casa Civil e o Congresso", resumiu.
O advogado geral da União, Luiz Inácio Adams, comunicou o ingresso de um novo pedido de liminar do governo junto à Justiça de Minas Gerais, de igual teor da obtida no Rio de Janeiro, com multa de R$ 100 mil por hora. Ele ressaltou que Nélio, líder de uma cooperativa de transportadores que presta serviços à Petrobras, poderá ser punido pela estatal com a suspensão dos 29 contratos "tão logo termine o processo de avaliação do cumprimento das cláusulas". Segundo Adamas, a empresa de Botelho recebe R$ 4 milhões mensais pelos serviços prestados à BR Distribuidora.