Juliana Braga
postado em 08/07/2013 06:05
Diante do declarado fracasso do plebiscito, esta semana o Congresso retoma a iniciativa de retirar da gaveta projetos que tratam das mudanças nas regras políticas propostas por Dilma Rousseff. O objetivo, como mostrou o Correio, é esvaziar a iniciativa da petista, votando uma reforma paralela.
Ao se anteciparem à consulta popular, parlamentares garantem que a reforma será conduzida de forma a não tocar em pontos vitais, aqueles que podem prejudicá-los e ainda tiram o mérito da aprovação de uma proposta das mãos de Dilma. Temas polêmicos como o fim das coligações e voto distrital não devem entrar na lista de prioridade.
[SAIBAMAIS]A reforma tocada pelo Congresso deve analisar itens classificados como ;perfumaria; pelos próprios, como o voto secreto para a cassação de mandatos e o fim da suplência no Senado. Na pauta do Senado, já há requerimento de urgência, a ser lido no plenário, pedindo a aceleração da tramitação do projeto que proíbe cônjuge ou parente de serem suplentes de senadores.
A PEC 37/2011 está na pauta da próxima terça-feira e também corta um dos dois suplentes que atualmente são eleitos na carona do senador titular. Outro tema que os senadores estão tratando como reforma política é o fim do foro privilegiado, tratado na PEC 10/2013, pautado para a terça-feira da próxima semana (16). Pressionado pelas manifestações, o parlamento quer agora acelerar o fim do voto secreto. ;Já tramitava há muito tempo no Senado. A radicalização na transparência não precisa de reforma, precisa só de decisão;, argumenta o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).