postado em 12/07/2013 08:03
Mais do que revelar interesses particulares em faturar com a reforma política, a indefinição sobre quem comandará o grupo de trabalho sobre a matéria na Câmara tem servido para colocar lenha na fogueira de vaidades do PT. E para afundar ainda mais a expectativa de se votar o tema em um prazo razoável. Enquanto Henrique Fontana (RS) foi sugerido pela bancada do partido, Cândido Vaccarezza (SP) é o indicado oficial do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), com o aval da maioria dos líderes partidários. Como nenhuma das partes abre mão, a instalação do colegiado acabou adiada. O caso foi parar até nos ouvidos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e será o assunto de uma reunião da executiva da legenda nesta sexta-feira, em São Paulo.
[SAIBAMAIS]O impasse revela como a crise do governo com a base estendeu-se a uma cisão interna do PT. Tomou maiores proporções quando aliados governistas ficaram irritados quanto a forma com que a presidente Dilma Rousseff repassou ao Congresso a tarefa de convocar um plebiscito, para atender as demandas das ruas. Legendas mais rebeldes trabalharam para sepultar a ideia, com sucesso. Oficialmente, os petistas tentavam defender a proposta de Dilma, mas muitos deles ajudaram, nos bastidores, a enterrar de vez a consulta popular emergencial.