Politica

Para Mercadante, reforma política proposta pela Câmara é insuficiente

O ministro lembrou ainda que esta não é a primeira tentativa do Executivo em tentar propor uma reforma ampla no sistema político

postado em 17/07/2013 10:45

O ministro lembrou ainda que esta não é a primeira tentativa do Executivo em tentar propor uma reforma ampla no sistema político

Considerado um dos principais articuladores do governo Dilma Rousseff, Aloisio Mercadante, disse nesta quarta-feira (17/7), que o governo vai insistir na criação de um plebiscito que irá discutir a reforma do sistema político brasileiro. "Vejo como positiva a iniciativa da Câmara em ter criado uma comissão para discutir esse assunto. Agora vamos ver qual trabalho essa comissão vai fazer, a reforma é possível, mas nós precisamos de uma reforma profunda. São temas muito sensíveis e difíceis e eu só vejo um caminho para isso: o povo participar por meio de um plebiscito".

O ministro da Educação citou as duas pesquisas eleitorais realizadas no último mês, que mostram a queda vertiginosa da popularidade da presidente Dilma Rousseff, como um sinal de que as ruas querem uma mudança ampla no sistema político atual. "As duas pesquisas (Datafolha e CNT) mostram que aproximadamente 70% dos eleitores querem o plebiscito" ponderou.

Mercadante lembrou ainda que esta não é a primeira tentativa do Executivo de propor uma reforma ampla no sistema político. "Vocês podem ler nos jornais de 7 de abril de 1998. O governo FHC (Fernando Henrique Cardoso) já defendia uma constituinte para reforma política. O governo Lula encaminhou duas propostas de reforma política mas também não conseguiu. Agora, acho que temos uma grande oportunidade de encaminhar esse projeto".

As falas do ministro são uma tentativa do governo de dar uma resposta política à queda da popularidade da presidente. Há um mês, quando as manifestações populares começaram a ganhar destaque na imprensa nacional e estrangeira, a presidente Dilma fez um pronunciamento no qual, além de propor pactos para melhoras a educação, saúde e o transporte público, sugeriu o plebiscito de reforma política.

Sem apoio no Congresso, parlamentares aliados do governo sugeriram a criação de uma comissão para fazer uma pequena reforma política, o que representa uma nova derrota para o governo.

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