postado em 03/08/2013 06:01
Às voltas com o descontentamento da base de sustentação no Congresso e com a insatisfação popular externada nos protestos de rua e refletida na queda acentuada de popularidade, o governo da presidente Dilma Rousseff tornou-se refém das próprias tentativas de contornar a crise. Desde junho, o Executivo precisou reconsiderar uma série de medidas, portarias e até mesmo projetos legislativos considerados estratégicas pelo Palácio do Planalto. Seja pela precipitação das propostas anunciadas ou por conta da pressão de partidos e da sociedade civil organizada, o recuo tornou-se frequente nas últimas semanas ; desistir de iniciativas em momentos de baixa popularidade também ocorreu com antecessores. Hoje, a principal crítica de aliados, da oposição e de entidades de classe é a falta de debate antes de anunciar propostas.A ideia de formar uma assembleia constituinte para a reforma política é um exemplo dessa mudança de comportamento da presidente, vista como pouco afeita a trocar de opinião no meio político. No auge das manifestações, Dilma saiu em defesa de uma constituinte exclusiva para discutir uma reforma política cujo conteúdo seria definido por meio de um plebiscito. A enxurrada de críticas de juristas e a resistência de partidos aliados ; já bastante afastados do Planalto ;, além da própria oposição, colocaram a presidente contra a parede. A discussão da reforma política, hoje, tropeça nas discórdias internas do PT, que desautorizou a escolha do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) para coordenar o grupo que elabora a proposta de reforma.
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