Politica

Pressões das ruas fazem Cabral recuar em decisões de gestão

Governador fluminense reage às pressões das ruas cancelando decisões como a de quebrar sigilos de suspeitos de vandalismo. Próximo alvo é a concessão do Maracanã

postado em 03/08/2013 06:21
Sérgio Cabral (D) ao lado do vice Luiz Fernando Pezão: complexos de atletismo e de natação serão mantidos

Vivendo um verdadeiro inferno astral e sob a pressão de mais de dois meses de protestos praticamente diários, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), tem sido obrigado a rever decisões de sua gestão, em razão de polêmicas e insatisfações da população. Desde janeiro, Cabral vem reavaliando posições políticas nas mais diversas áreas de seu governo. Ainda em janeiro, depois de anunciar a desocupação e demolição do Museu do Índio, localizado ao lado do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, o peemedebista voltou atrás. Decidiu pela restauração do prédio, com a alegação de que decidiu ;ouvir as considerações da sociedade a respeito do prédio histórico datado de 1862;. Por coincidência ou não, a revisão veio dois dias depois de a Justiça conceder liminar em ação proposta pela Defensoria Pública impedindo a derrubada do imóvel.

Cerca de 60 dias depois, em março, Cabral voltou a esbravejar e a ameaçar suspender os recursos da saúde e da educação em seu estado, em razão da nova redistribuição dos royalties do petróleo proposta pela presidente Dilma Roussef (PT). A formula faria baixar significativa a arrecadação do Rio, mas, mesmo sem levar o que queria, Cabral reviu a decisão e honrou os compromissos com as pastas. Por causa dos mesmos royalties, o governador ensaiou também um namoro com os tucanos como forma de marcar posição diante da iminente perda de receita do Rio. Mas foi só fogo de palha. Mais uma vez, reviu a posição e anunciou apoio incondicional à presidente.

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