Paulo de Tarso Lyra
postado em 07/08/2013 08:07
A presidente Dilma Rousseff bem que tentou aplacar a crise com o Congresso, mas a lua de mel durou pouco. Menos de 24 horas depois da reunião dela com deputados da base, o PMDB decidiu enfrentar mais uma vez o governo insistindo na votação imediata do orçamento impositivo, aprovado ontem em comissão especial e inserção na pauta de hoje do plenário da Câmara. Apesar de o tema não ter sido debatido no encontro de segunda-feira, por meio de seus interlocutores, Dilma avisou que a proposta de emenda à Constituição (PEC) que obriga o Executivo a cumprir as emendas parlamentares pode ser inconstitucional e, no mínimo, a votação deveria ser adiada. O argumento acabou ignorado pelo próprio presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que, com o apoio de sua bancada, lançou mão de todas as manobras possíveis para garantir a aprovação do tema em tempo recorde. Com derrota garantida na Câmara, a esperança do Planalto será depositada no Senado, onde já há promessas de apoio.Geralmente, as atividades dos colegiados são encerradas quando a ordem do dia no plenário começa. Ontem, para garantir a votação do orçamento impositivo, Henrique não só insistiu para que o tema fosse votado na comissão especial como cancelou todas as demais votações da Câmara. Regimentalmente, seria preciso aguardar pelo menos dois dias para que uma PEC aprovada em comissão seguisse para o plenário. O chamado interstício, porém, será quebrado com um requerimento na própria sessão extraordinária de hoje em que o tema será votado. A intenção é também aguardar até o último minuto para que o máximo de parlamentares compareçam ; para ser aprovada, a PEC precisa de 308 votos favoráveis de um total de 513 deputados.
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