postado em 07/08/2013 17:33
A presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse nesta quarta-feira (7/8) que o fornecimento de informações sobre eleitores brasileiros a uma empresa privada é inaceitável. Desde o dia 23 de julho, está em vigor um acordo firmado entre o TSE e a empresa de proteção ao crédito Serasa Experian que prevê fornecimento e validação de dados que pode alcançar os 144 milhões de eleitores brasileiros.
[SAIBAMAIS];Compartilhamento de informações nós não aceitamos de jeito nenhum, nem para fins judiciais, às vezes, que não sejam explicados. Mas, realmente, isso não é aceitável;, disse a ministra, no intervalo da sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta tarde.
O acordo com a Serasa foi assinado pela então corregedora-geral de Justiça, Nancy Andrighi, e mantido pela atual corregedora, Laurita Vaz. Cármen Lúcia ainda disse que vai consultar Laurita Vaz para obter informações mais detalhadas sobre o assunto.
A presidenta do TSE achou ;estranho; o fato de o assunto não ter sido levado a plenário pela então corregedora da Corte. ;Quando há uma situação dessa natureza, se faz um processo e se leva ao plenário. Não sei porque desta vez isso não foi feito, levaram direto ao diretor como se fosse uma situação definida;.
Mesmo apresentando ressalvas à situação, Cármen Lúcia ressaltou que a corregedoria é ;órgão sério; e que não há nenhuma irregularidade. ;Imagino isso que deva ter sido feito um estudo e eles se precipitaram talvez;, analisou. A ministra ainda informou que, embora o acordo com a Serasa já tenha sido publicado, nenhuma informação foi disponibilizada até o momento.