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Dilma diz que governo deve buscar consensos para evitar derrubada de vetos

A análise de vetos com prazo até 30 dias após chegada ao Senado foi estabelecida em resolução aprovada pelos parlamentares no primeiro semestre

postado em 19/08/2013 15:56
A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (19/8) que, diante da nova rotina do Congresso Nacional para avaliar vetos presidenciais, a orientação é negociar ao máximo medidas que dependam do Legislativo para evitar derrotas para o governo com a derrubada de vetos.

;O governo não pode definir o que o Congresso aprova ou não aprova. Tem hora que nós conseguimos, tem hora que nós não conseguimos. O que o governo pode fazer é ensejar e fazer a mediação. Buscamos o consenso possível para evitar derrotas que você não consegue depois controlar;, disse a presidente em entrevista às rádios ABC e Brasil Atual.

Depois de meses sem fazer qualquer sessão para a apreciação de vetos presidenciais, o Congresso reúne-se na próxima terça-feira (20/8), no plenário da Câmara, para votar 127 vetos. Trata-se de seis em projetos de lei que foram sancionados parcialmente ou vetados integralmente por Dilma desde o dia 9 de julho.

A análise de vetos com prazo até 30 dias após chegada ao Senado foi estabelecida em resolução aprovada pelos parlamentares no primeiro semestre. ;É justamente tendo em vista que vetos são examinados que é importante a compreensão de que é necessário construir um processo de negociação. Sem o que se pode perder e não se ganha nada;, avaliou a presidente.



[SAIBAMAIS]Durante a entrevista, Dilma referia-se a duas propostas que tramitam no Congresso e tratam de direitos trabalhistas: a regulamentação da terceirização e o fim do fator previdenciário. Nos dois casos, o governo tem mesas de diálogo que reúnem trabalhadores e empresários para discutir as propostas. Segundo a presidente, o governo está negociando, mas não abre mão de resguardar direitos já garantidos aos trabalhadores.

;Nós não concordamos e não vamos patrocinar qualquer processo que comprometa direitos de trabalhadores, que impactem a negociação coletiva ou que precarizem relações e condições de trabalho;, destacou.

A presidente disse que ;está disposta a discutir qualquer proposta, inclusive o fator previdenciário;, desde que não haja perdas para os trabalhadores nem para as contas do sistema previdenciário. ;Agora, deixamos claro para as centrais [sindicais]: desde que qualquer proposta feita não afete a sustentabilidade financeira da Previdência e não coloque em risco a aposentadoria dos trabalhadores que hoje ingressem no sistema;, acrescentou.

Dilma participou, em São Bernardo do Campo, de anúncio de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para cidades da região do Grande ABC e entrega de 100 retroescavadeiras para municípios paulistas.

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