postado em 22/08/2013 07:46
Sem pedir desculpas pela ofensa ao colega Ricardo Lewandowski, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, se viu isolado no plenário na retomada do julgamento dos recursos do mensalão. O clima tenso que tomou conta do começo da sessão dessa quarta-feira (21/8) deu lugar a palavras do decano, Celso de Mello, e dos protagonistas do bate-boca ocorrido na semana passada. Barbosa não se retratou com o revisor do processo, Ricardo Lewandowski, a quem havia acusado de fazer ;chicanas;, na quinta-feira da semana passada. O presidente da Corte afirmou que apenas agiu, na ocasião, para não ;delongar; o processo. Já o revisor lamentou o caso, mas se disse confortável pelo apoio recebido depois do ;lamentável episódio;.
[SAIBAMAIS]Coube ao decano Celso de Mello fazer uma longa reflexão sobre o caso. Ele afirmou que a integralidade do órgão deve ser respeitada e que os ministros não devem ser cerceados. No início da sessão, Barbosa falou, pela primeira vez, publicamente sobre o assunto. Ele disse, ao ler um discurso impresso, que é dever do presidente da Casa ;adotar as medidas do seu alcance para que a Justiça seja transparente, célere e sem delongas, porque, afinal, a sociedade é quem paga os nossos salários;.
O presidente avaliou que não extrapolou as prerrogativas do cargo e, nessa condição, quer a regularidade dos trabalhos da Corte, ;uma vez que justiça que tarda não é justiça;. Logo em seguida, Lewandowski pediu a palavra e também leu um discurso no qual disse estar extremamente confortável pelas manifestações formais e explícitas que recebeu de magistrados, juízes, parlamentares, integrantes do Executivo, ministros da Suprema Corte e da sociedade em geral. ;Este tribunal é, pela sua história, maior do que cada um de seus membros individualmente considerados;, afirmou. Sem retrucar diretamente Barbosa, ele falou brevemente, assim como também fez o colega.
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