postado em 26/08/2013 17:22
Os médicos formados no exterior começaram nesta segunda-feira (26/8) o módulo de avaliação e treinamento previsto no Programa Mais Médicos. São 682 profissionais que, durante três semanas, receberão aulas de português, além de curso sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), doenças prevalentes no Brasil e aspectos éticos e legais do exercício da medicina. Deles, 400 são cubanos e outros 282 são profissionais formados em outros países, como Espanha, Argentina e Portugal, que tiveram maior número de selecionados para esta etapa. Eles serão avaliadas durante três semanas. Ao término deste período, caso não sejam aprovados, voltarão ao país de origem.
Hoje (26/8), em Brasília, 199 profissionais começaram o curso, aplicado pela Universidade de Brasília (UnB). Embora a expectativa dos participantes seja boa, alguns médicos reclamaram da qualidade do alojamento.
As médicas cubanas Ibian Montero, 40 anos, e Janeres Pupo, 34 anos, já participaram de missões em outros países e se mostraram bastante empolgadas com o trabalho no Brasil. ;Estamos muito felizes, viemos para melhorar a saúde e a vida do povo brasileiro;, afirmou Montero. Para elas, a língua portuguesa pode ser um desafio, mas que estão dispostas a superar com as aulas e a atuação.
Já o médico espanhol Diego Sanchez teme que o português seja uma barreira. ;Vim pelo interesse de trabalhar com o povo brasileiro e para ajudar a transformar a mentalidade ;hospitalocêntrica; para a medicina comunitária;, disse. ;Se não der certo, volto a Espanha.; Ele veio com quatro filhos estranhou a reação dos médicos brasileiros aos estrangeiros. Sobre a hospedagem, Sanchez afirmou que se trata de um alojamento militar, com várias pessoas dividindo beliches. Outros profissionais reclamaram de superlotação. Os médicos estão em alojamentos do exército, separados para mulheres e homens.
Ontem, em resposta às críticas, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que providenciará mudanças na hospedagem. Ainda na cerimônia de abertura do módulo, o ministro afirmou que os profissionais são bem vindos no país e a agradeceu a participação deles no programa. O ministro ainda rebateu a declaração do presidente do Conselho Regional de Minas Gerais, João Batista, que disse que não registrará os estrangeiros que não tiverem revalidado o diploma e orientará os colegas a não os ajudarem em caso de erros. "Eu repudio veementemente a declaração."