postado em 27/08/2013 06:04
O diplomata Eduardo Saboia, 46 anos, encarregado de negócios da Embaixada do Brasil na Bolívia e responsável pela fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina, ficará afastado das funções enquanto o inquérito aberto para apurar o episódio não for concluído. Na tarde de ontem, o diplomata participou de uma reunião com o secretário-geral do Itamaraty, Eduardo dos Santos, e com o embaixador Antonio Simões. Os nomes dos integrantes da sindicância instaurada ainda não foram divulgados.No domingo, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou uma nota oficial na qual assegura que todas as medidas administrativas e disciplinares seriam tomadas. O governo brasileiro afirma que não sabia da operação comandada por Saboia para retirar Roger Pinto da Bolívia. Ele deixou o prédio da embaixada sem o salvo conduto do governo boliviano. Para sair do local, o senador boliviano precisou da escolta de dois fuzileiros navais, que respondem ao adido militar na embaixada. Roger Pinto Molina foi levado a Corumbá (MS) em um carro oficial do governo brasileiro. De lá, veio para Brasília em um jato particular conseguido pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
Na nota oficial, o Itamaraty ressaltou que só foi informado no sábado de que Roger Pinto estava em território brasileiro. O senador Ricardo Ferraço chegou a criticar a postura do Itamaraty. ;Se o ministro Eduardo Saboia for punido, será um equívoco. Ele tomou uma iniciativa humanitária, que preserva a autonomia da diplomacia brasileira e os tratados que o Brasil tem assinado de respeito aos direitos humanos. Ele não pode ser punido. Ele tem que ser homenageado;, comentou o parlamentar.
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