postado em 27/08/2013 08:04
Convocado por Dilma Rousseff, o novo chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, deve chegar ao Brasil nesta terça-feira (27/8), mas fará sua estreia como chanceler na sexta-feira (30/8), em Paramaribo, na cúpula da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). Na próxima semana, viajará à Rússia para o encontro do G20. Ele assume a pasta após a saída de Antonio Patriota.Figueiredo estava em Nova York, nos Estados Unidos. A previsão de assessores do embaixador é que ele se reúna com a presidente Dilma Rousseff, em horário ainda não divulgado pelo Itamaraty. Em seguida, deverá ser marcada a data para a cerimônia de posse e transmissão de cargo. A solenidade será no Palácio do Planalto e a transmissão de cargo no Ministério das Relações Exteriores, Palácio Itamaraty. Tradicionalmente, a transmissão ocorre horas depois da solenidade de posse.
Após deixar o cargo, Antonio Patriota ocupará exatamente o cargo de Figueiredo como embaixador do Brasil junto à Organização das Nações Unidas, em Nova York. O diplomata é conhecido por defender a reforma do Conselho de Segurança e uma vaga permanente para o Brasil no organismo da ONU.
Nascido no Rio de Janeiro em 17 de julho de 1955, advogado e diplomata de carreira, Figueiredo trabalhou no Chile, Canadá, Estados Unidos e França, entre outros países. Hábil negociador, Figueiredo é especialista em temas de desenvolvimento e meio ambiente e com uma longa carreira diplomática. Ele chefiou os negociadores na conferência da ONU para o desenvolvimento sustentável Rio%2b20, no ano passado, no Rio de Janeiro.
Patriota assumiu a chancelaria brasileira no início do governo de Dilma Rousseff, substituindo Celso Amorim, que foi ministro das Relações Exteriores durante os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e formulou as estratégias para dar ao Brasil peso no cenário internacional.
[SAIBAMAIS]Com Patriota, o Brasil não teve a exposição internacional verificada durante os anos de Celso Amorim, já que a presidente Dilma Rousseff se concentrou mais nos assuntos internos do Brasil. Patriota foi secretário-geral das Relações Exteriores (2009-2010), embaixador em Washington (2007-2009), secretário-geral político do Itamaraty (2005-2007) e chefe de gabinete do chanceler (2004).
No exterior, trabalhou na missão permanente do Brasil diante dos organismos internacionais em Genebra (1999-2003), onde foi durante dois anos representante junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). Patriota também trabalhou na missão permanente do Brasil junto à ONU, em Nova York (1994-1999), nas embaixadas em Caracas (1988-1990) e Pequim (1987-1988), e na delegação permanente em Genebra (1983-1987).
Com informações da France Presse e da Agência Brasil