Paulo de Tarso Lyra
postado em 28/08/2013 06:00
Um dia depois da saída de Antonio Patriota do Ministério das Relações Exteriores, o governo da presidente Dilma Rousseff adotou uma tática para distensionar a relação com a Bolívia e evitar agravamento da crise política interna. Com a participação do senador Jorge Viana (PT-AC), velho conhecido do senador boliviano Roger Pinto Molina, que fugiu da embaixada do Brasil em La Paz, conseguiu convencer o parlamentar e o diplomata Eduardo Saboia, responsável pela fuga, a não prestarem informações na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado. Assim, evitou que a oposição ganhasse um palanque no Congresso ao questionar a atuação do Executivo no episódio. ;Minha presença na Comissão de Relações Exteriores seria um desastre, neste momento, para mim e para o governo brasileiro;, admitiu Molina.
O senador petista alertou, na noite de segunda-feira, sobre os perigos de uma exposição pública dos dois envolvidos na fuga. ;Você quer paz? Se quiser paz, tem que sair do olho do furacão.; Ao comentar na tribuna do Senado a ausência dos dois convidados da CRE, Viana justificou que ;isso é uma questão de Estado. Não é uma disputa entre governo e oposição;. Ao mesmo tempo, no campo diplomático, o governo corre para nomear um novo encarregado de negócios interino até a posse efetiva de Raimundo Magno como embaixador no país andino e não azedar a relação com o aliado na América do Sul. Além disso, vetou a indicação de Marcel Fortuna Biato, ex-embaixador na Bolívia, para a representação brasileira na Suécia.
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