Politica

Itamaraty remove Saboia e Biato da embaixada em La Paz após fuga de senador

Eduardo Saboia foi o responsável por organizar a operação que trouxe o senador boliviano Roger Pinto Molina ao Brasil no fim de semana

Tábita Martins
postado em 29/08/2013 15:10
O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira (29/8) a determinação que remove o embaixador do Brasil em La Paz, Marcel Fortuna Biato, e do encarregado de negócios da embaixada, Eduardo Saboia, para a Secretaria de Estado. Agora, eles vão trabalhar em Brasília.

A portaria que assina a remoção dos dois é assinada pelo novo ministro das relações exteriores que subsitituiu Patriota, Luiz Alberto Figueiredo Machado e foi empossado ontem.

[SAIBAMAIS]Eduardo Saboia foi o responsável por organizar a operação que trouxe o senador boliviano Roger Pinto Molina ao Brasil no fim de semana. Ele é condenado pela justiça de seu país, mas se diz perseguido político do governo Evo Morales e vivia como asilado na embaixada em La Paz há mais de um ano. Já Marcel Biato era o embaixador do Brasil na Bolívia e estava de férias desde 17 de agosto.

A operação causou uma tensão entre Brasil e Bolívia e resultou na demissão do ministro das relações exteriores, Antonio Patriota. A presidente Dilma Rousseff aceitou a renúncia e por meio de nota anunciou a sua indicação para a Missão do Brasil na ONU", em Nova York.



Nesta quarta-feira, o presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu que o Brasil devolva o senador opositor Roger Pinto Molina, refugiado no país desde o último sábado.
Segundo o presidente boliviano, o senador deve ser devolvido para que possa ser julgado pelos crimes de corrupção. Morales ainda afirmou que o político oposicionista não é perseguido político, mas apostou na tese de que a fuga do senador para o Brasil seria uma prova de sua delinquência.

"É importante devolver Roger Pinto à justiça boliviana e que ele seja julgado como qualquer autoridade que esteja envolvida em casos de corrupção", afirmou. Questionado pelos jornalistas sobre o que faria, caso a Bolívia enfrentasse um caso parecido, sugeriu: "Eu poria esse corrupto na fronteira".

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