postado em 31/08/2013 08:11
Além do Palácio do Planalto, os organizadores das manifestações do Dia da Independência estão preocupados com os atos de vandalismo. A recomendação é de que a população indique à polícia aqueles que estiverem na Esplanada apenas para incitar a violência. A expectativa é de que o povo volte às ruas para demonstrar insatisfação, motivados principalmente pela decisão da Câmara dos Deputados de rejeitar o processo de cassação do mandato do deputado Natan Donadon (sem partido-RO), preso há dois meses. O governo federal e o GDF já reconhecem o episódio como um motivo a mais para reforçar a segurança. A apreensão com as possíveis reações encolheu a duração da parada militar e diminuiu o tempo de exposição pública da presidente Dilma Rousseff e das autoridades convidadas para o evento.[SAIBAMAIS]Um dos organizadores do evento, Hamilton Xavier diz que a intenção é fazer uma manifestação pacífica. ;Vamos preparar uma divulgação com o intuito de incentivar as pessoas a entregar esse pessoal que quer fazer confusão para a polícia. Vamos ter uma divulgação massiva, com a bandeira sem violência, para que essas pessoas não apareçam;, justifica. Até agora, 13 mil pessoas confirmaram participação na manifestação em uma rede social. Xavier destaca que o movimento é apartidário, sem liderança e que a intenção é chamar atenção dos governantes para os anseios da população. A outra organizadora, Thainá Barbosa, destaca que a expectativa é grande para a manifestação do próximo dia 7. ;Acreditamos que vai dar mais pessoas que em junho, porque agora englobou o país inteiro em uma única data;, avalia.
Thainá acrescenta ainda que caravanas de outros estados já se organizam para desembarcar na capital no dia do desfile. ;Mesmo com manifestações em São Paulo, tem gente de lá que está vindo para Brasília, assim como tem caravana da Bahia. Também tem muita gente solidária oferecendo caronas para que todos que querem ir, estejam presentes;, pontua. Apesar da decisão dos deputados de manter Donadon no cargo, Thainá e Hamilton acreditam que os protestos de junho tiveram um saldo positivo. ;Muitas das nossas pautas foram atendidas, como a redução da tarifa em São Paulo. Mas precisamos continuar a pressionar. Pelo que nós entendemos, o Brasil só faz alguma coisa se pressionarmos;, avalia Thainá.