postado em 02/09/2013 06:04
Uma das críticas recorrentes ao Programa Mais Médicos ; feita, principalmente, pelas entidades de classe ; ataca a decisão do governo de liberar os profissionais formados no exterior da revalidação do diploma aqui no Brasil. Quem defende essa posição levanta dúvidas sobre a competência desses médicos e a qualidade do sistema de saúde dos países responsáveis por essa formação.Nesta segunda-feira (2/9), 1.096 médicos formados no Brasil começam a trabalhar em 454 municípios. No Distrito Federal, 15 estão confirmados para atuar em Samambaia, Brazlândia, Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Ceilândia e Gama. Entre os formados no exterior, 282 assumem seus postos em duas semanas.
A maioria dos estrangeiros que participam da primeira chamada do programa deixou o emprego em países nos quais os índices que medem a qualidade da saúde ; como mortalidade infantil e expectativa de vida ; são superiores aos do Brasil. E o período de formação acadêmica tem duração igual ou maior que o brasileiro (veja quadro).
Por aqui, o estudante leva seis anos para se graduar em medicina, incluindo o internato, quando o aluno começa a trabalhar em hospitais e postos de saúde. Depois, enfrenta até cinco anos de especialização. Um dos problemas dessa formação, segundo o governo, é que ela não é voltada para a saúde básica.
Na Espanha, a formação do médico é diferente, e a medicina familiar é mais valorizada. Fernando Rivas, do Conselho de Médicos da Espanha, explica que a exigência de qualidade começa pela seleção para entrar no curso de medicina, que é feita de maneira centralizada para todo o país. De acordo com a nota que o aluno tira nessa seleção, ele pode escolher entre as 31 faculdades de medicina públicas espanholas. Segundo Rivas, foram ofertadas 6.927 vagas para o período 2013- 2014. O candidato também tem a opção de estudar em uma das nove faculdades privadas do país, mas, para isso, deve fazer outra prova. O curso tem duração de seis anos e, já a partir do terceiro, o estudante começa a atuar em hospitais e centros de saúde filiados à faculdade.
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