Politica

Brasil espera explicação sobre espionagem americana nesta semana

Figueiredo assegurou que a conversa com Shannon foi dura e o tom claro

postado em 02/09/2013 17:54
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, convocou nesta segunda-feira (2/9) o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de espionagem a presidenta Dilma Rousseff e assessores, conforme notícia do programa Fantástico, da TV Globo, de domingo (1/9). Na conversa, Figueiredo cobrou explicações ;formais e por escrito; dos norte-americanos, até o final desta semana.

;Convoquei o embaixador dos Estados Unidos ao meu gabinete e disse a ele da indignação do governo brasileiro, dos fatos constantes, dos documentos revelados, das violações das correspondências da senhora presidenta;, ressaltou Figueiredo, que conversou com Shannon por volta das 9h por cerca de uma hora. Em seguida, o ministro se reuniu com Dilma.

[SAIBAMAIS]Na reunião com Shannon, Figueiredo disse que as suspeitas sobre o Brasil envolvendo riscos à democracia e solidez do Estado Brasileiro são inadmissíveis. ;O Brasil é um país democrático, um Estado sólido, em uma região democrática e sólida, que busca a convivência com seus parceiros de forma amistosa. Não se pode admitir, nem em sonho, que é um país de risco ou problemático;, disse.



Figueiredo assegurou que a conversa com Shannon foi dura e o tom claro. ;Foi uma conversa que ele [Shannon] entendeu o que foi dito. As coisas, quando têm de ser ditas de forma clara, são ditas de forma clara. Ele tomou nota de tudo o que eu disse;, ressaltou o ministro.

;Hoje é feriado nos Estados Unidos, mas ele [Shannon] se comprometeu a entrar em contato com a Casa Branca, para que eles nos enviem por escrito [as explicações sobre as denúncias]. Eu quero que o governo dos Estados Unidos dê as explicações, não necessariamente o embaixador. Nós estamos esperando a resposta. Na minha conversa, ficou claro que esperamos uma resposta ainda esta semana;, disse Figueiredo.

Em seguida, o ministro ressaltou que: ;A violação é inconcebível e inaceitável da soberania brasileira. Esse tipo de prática a é incompatível com a parceria estratégica entre os países. O governo brasileiro quer prontas explicações;.

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