postado em 03/09/2013 08:36
Ao fim de uma série de reuniões ;de emergência; e de uma dura cobrança de explicações feita ao embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon, convocado ao Itamaraty, o governo brasileiro procurou deixar expressa a gravidade com que analisa as revelações sobre espionagem norte-americana nas comunicações da presidente Dilma Rousseff por e-mail e telefone. O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou que espera ainda nesta semana uma resposta ;satisfatória; de Washington, ;por escrito;. E, embora nenhum ministro ou outra autoridade tenha mencionado oficialmente, a visita de Estado da presidente a Washington, prevista para 23 de outubro, está sendo reavaliada ; e corre o risco de ser adiada, em meio à mais séria crise diplomática recente com os Estados Unidos.
[SAIBAMAIS];Não vou tratar hoje da viagem;, limitou-se a dizer o chanceler na entrevista coletiva que concedeu, no Itamaraty, ao lado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, após o encontro mantido com Dilma no Planalto. Além dos dois ministros, participaram também os titulares da Defesa, Celso Amorim; das Comunicações, Paulo Bernardo; da Comunicação, Helena Chagas, e o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que classificou o caso como uma ;situação de crise;. Figueiredo não fez segredo quanto ao tom da conversa que mantivera de manhã com o embaixador americano. Assegurou que Shannon ;entendeu muito bem; os protestos brasileiros e frisou que ;o caso requer explicações formais, por escrito;. ;Muitas vezes, se acha que diplomacia é dar um jeito de explicar as coisas de forma sinuosa. Não é, não. As coisas, quando têm de ser ditas de forma clara, elas são ditas de forma muito clara;, afirmou. De acordo com o chanceler, embora os EUA celebrassem ontem seu feriado pelo Dia do Trabalho, Shannon ;tomou nota de tudo que eu disse; e comprometeu-se a informar a Casa Branca ainda ontem.
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