Politica

Deputado é suspeito de comandar o IMDC, empresa investigada pela PF

Investigação do Ministério Público Federal aponta Ademir Camilo como resposável pela entidade acusada de desviar R$ 400 milhões de programa do Ministério do Trabalho

postado em 13/09/2013 06:00
Hoje no PSD, Ademir Camilo era filiado ao PDT, que comanda o MTE
O deputado federal Ademir Camilo (PSD-MG) é suspeito de ser o verdadeiro dono do Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), a organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) apontada como pivô do esquema que teria desviado cerca de R$ 400 milhões de recursos destinados ao programa Projovem, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de acordo com investigação do Ministério Público Federal (MPF) de Montes Claros (MG). A entidade está registrada em nome do empresário Deivson Oliveira Vidal, detido na segunda-feira, durante a Operação Esopo, que prendeu 22 pessoas, seis delas ex-prefeitos de cidades mineiras, e provocou a queda de quatro pessoas da pasta do Trabalho, entre elas, o secretário executivo Paulo Roberto Pinto, filiado ao PDT. O homem de confiança de Ademir Camilo, Marcos Vinicius Silva, o Marquinhos, que foi seu assessor na Câmara dos Deputados até julho, era quem apresentava o IMDC aos prefeitos para a implantação do programa.



Considerado o pai do Projovem em Minas, Ademir Camilo, segundo o MPF, não se preocupava em esconder a ligação com o IMDC. Por diversas vezes, foi convidado a fazer palestras durante a apresentação do programa nas prefeituras de sua base eleitoral, beneficiadas com recursos do MTE. De acordo com as investigações, realizadas com apoio da Polícia Federal, o deputado procurava os prefeitos aliados e interessados em receber recursos do programa. Em seguida, negociava diretamente com o então ministro Carlos Lupi ; presidente nacional do PDT e, à época, colega de legenda ; a inclusão das cidades na lista dos beneficiados.

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