Politica

Semana de luta das pessoas com deficiência começa com debate no Senado

O dia é comemorado no próximo sábado (21/9) em todo o país. O balanço das medidas em favor das pessoas com deficiência é positivo, mas a população precisa se comprometer com a questão

postado em 16/09/2013 13:19
O secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Antônio José Ferreira, disse nesta segunda-feira (16/9) que o governo já deu sinais de que está ;sincronizado; com as necessidades das pessoas com deficiência, mas a sociedade ainda precisa se adaptar e respeitar as leis.

;Temos garantias de acessibilidade como, por exemplo, vagas para deficientes, mas as pessoas que não precisam param os carros nessas vagas. A sociedade ainda não está acostumada a essa cultura;, avaliou. As declarações foram feitas nesta segunda-feira (16) durante um debate na Comissão de Direitos Humanos do Senado, no primeiro dia da Semana Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, celebrada entre 16 e 21 de setembro.

O dia da luta por esses direitos e garantias é comemorado no próximo sábado (21/9) em todo o país. Para Ferreira, o balanço das medidas em favor das pessoas com deficiência é positivo, mas a população precisa se comprometer com a questão. ;É preciso que seja firmado um pacto social para que o dia 21 seja um dia de comemoração dos objetivos e conquistas;, concluiu.



Apesar da avaliação positiva que fez, o representante do governo ouviu críticas endereçadas a todos os Poderes. A professora, escritora e artística plástica, Lurdinha Danezy, que tem um filho com deficiência, apontou que na própria audiência pública marcada para tratar do assunto, os participantes sequer receberam a pauta da reunião em braile. O intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para acompanhar e traduzir as discussões na transmissão da sessão só apareceu momentos depois das críticas feitas pelos participantes.

O professor da Universidade de Brasília, Messias Ramos Costa, que é surdo, lembrou que o país precisa de mais intérpretes de Libras. ;É preciso garantir acesso mais amplo com a presença de mais intérpretes. Isso nos prejudica muito;, alertou.

Segundo o educador, tanto no Senado quanto em outros órgãos a comunicação é sempre um desafio para as pessoas com deficiência. ;Há centrais de intérpretes no país, mas é preciso garantir a presença deles em hospitais, órgãos públicos. Isso nos prejudica muito. Poucos canais [de televisão] têm interpretes;, criticou.

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