A presidente Dilma Rousseff programou para esta terça-feira (17/9) um pronunciamento no qual deve anunciar que a visita de Estado a Washington, marcada para 23 de outubro, será suspensa até que se criem as ;condições políticas; nas relações bilaterais ; estremecidas pela revelação de que a inteligência norte-americana espionou comunicações eletrônicas da própria presidente e de empresas como a Petrobras. Dilma recebeu no início da noite um telefonema do presidente Barack Obama, com quem conversou por 20 minutos, e em seguida reuniu-se com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, que esteve em Washington na semana passada para obter explicações sobre as denúncias. Os relatos obtidos nas reuniões com a assessora de Segurança Nacional da Casa Branca, Susan Rice, não foram considerados satisfatórios.
[SAIBAMAIS]A expectativa no Planalto, ontem, era de que a presidente faça uma declaração capaz de equilibrar a defesa da soberania do país com a manutenção de canais para uma relação considerada estratégica. Ainda durante a tarde, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, ressaltou que o governo mantém ;um diálogo maduro; com a Casa Branca, e tomará cuidados para não alimentar uma crise diplomática. ;Não é hora de bravata;, afirmou o ministro. ;O Brasil agirá com a maior seriedade, não abrindo mão de maneira alguma de nossa soberania, mas sem fazer bravata. O Brasil pode ficar tranquilo: a presidente jamais vai abrir mão da afirmação radical da nossa soberania;, reforçou.
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