Paulo de Tarso Lyra, Leonardo Cavalcanti
postado em 18/09/2013 08:10
O presidente do PSB, Eduardo Campos, reúne hoje a executiva do partido, antes do início do julgamento do mensalão, para definir dois movimentos essenciais para as eleições presidenciais de 2014. O primeiro é o desembarque do governo Dilma Rousseff, com a entrega dos cargos que possui na máquina pública federal. O segundo, unificar no partido a necessidade da candidatura dele mesmo ao Planalto em 2014. Pressionado pelo PT, que tenta jogar os socialistas nas cordas para definir se Eduardo será de fato candidato ao Planalto em 2014, a legenda resolveu antecipar a reforma ministerial que Dilma Rousseff terá de fazer na Esplanada.Embora, oficialmente, o próprio Eduardo siga dizendo que "2014 será decidido em 14", o governador de Pernambuco mostrou disposição para pavimentar o próprio caminho graças a uma série de reuniões conduzidas por ele na noite de ontem. Até por uma questão legal, que impede o lançamento de candidaturas antes das convenções partidárias, Campos evita confirmar seus planos políticos. "Nós só vamos debater sobre isso no ano que vem, até porque existe uma série de variáveis a serem consideradas", despistou o governador. "Neste momento, a nossa intenção é discutir a conjuntura política e a relação do PSB com uma coalizão política da qual faz parte há 10 anos", completou.
O encontro de hoje não estava previsto na agenda partidária. A convocação da reunião também serve para dar uma resposta ao governador do Ceará, Cid Gomes, que, em abril deste ano, cobrou do PSB uma posição oficial se manteria o apoio ao governo Dilma ; algo defendido por Cid e pelo irmão, o secretário de saúde do Ceará, Ciro Gomes ; ou se lançaria Eduardo para o Planalto no ano que vem.
Na semana passada, Campos jantou com Cid Gomes em Fortaleza. Repetiu o mesmo discurso de que só definirá a candidatura no próximo ano, mas adiantou que, "se as eleições fossem agora, ele seria candidato". O recado foi interpretado como uma senha para que os irmãos Gomes também definam a permanência ou a saída do PSB. Eles defendem o apoio à reeleição da presidente Dilma. Cid Gomes chegou a afirmar, nos dias que se seguiram ao jantar com Eduardo, que "uma eventual candidatura do PSB não poderia fortalecer a oposição reacionária".
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