Projetada como uma capital com extensa área verde e espaços para as pessoas circularem livremente pelas quadras residenciais e comerciais, incluindo a área central, Brasília é hoje uma cidade cercada por grades nos seus mais conhecidos monumentos arquitetônicos, algo que não estava previsto no projeto original. O receio das manifestações populares de junho fizeram com que as instituições estatais passassem a se proteger de supostos atos de vandalismos. Palácio do Planalto, Palácio do Buriti, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) instalaram proteção para escapar de eventuais excessos. O uso dos alambrados já foi questionado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em reportagem de julho feita pelo Correio. Procurado desta vez, no entanto, o órgão preferiu silenciar.
No Planalto, as grades na calçada do edifício sede do governo federal foram instaladas no começo de julho. Padronizadas, com cerca de 1,10m de altura, levam o símbolo presidencial, que também é encontrado nas grades do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.
Na Praça dos Três Poderes, os pedestres também encontram dificuldades para se aproximar do STF, que atualmente tem grades de proteção ao redor do edifício-principal, onde fica o plenário. Diferentemente do aparato recente do Planalto, elas foram inseridas no STF em agosto do ano passado, para proteger a Corte durante o julgamento do mensalão. Hoje, até a Estátua da Justiça com os olhos vendados está cercada.
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