postado em 24/09/2013 14:18
A presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (24/9), na 68; Assembleia Geral das Nações Unidas, as reformas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Segundo Dilma, ambos precisam refletir o peso dos países emergentes e em desenvolvimento. A demora nessas reformas reduz a legitimidade e eficácia desses organismos, alertou a presidenta.Dilma disse que é preocupante a representação limitada do Conselho de Segurança da ONU diante dos novos desafios do século 21, o que aumenta a necessidade de uma reforma ;urgente;, o que vem sendo pedido desde a Cúpula Mundial de 2005. ;Impõe evitar a derrota coletiva que representaria chegar a 2015 sem um Conselho de Segurança capaz de exercer plenamente suas responsabilidades no mundo de hoje;.
A presidenta usou como exemplo da falta de representatividade do atual Conselho de Segurança a grande dificuldade de oferecer solução para o conflito sírio e a ;paralisia; no tratamento da questão Israel-Palestina. ;Urge dotar o conselho de vozes ao mesmo tempo independentes e construtivas. Somente a ampliação do número de membros permanentes e não permanentes, e a inclusão de países em desenvolvimento em ambas as categorias, permitirá sanar o atual déficit de representatividade e legitimidade do conselho;.
O Conselho de Segurança é o único órgão do sistema internacional capaz de adotar decisões obrigatórias para todos os Estados que são membros da ONU, podendo, inclusive, autorizar intervenção militar para garantir a execução de suas resoluções. Dos 15 países do conselho, cinco são membros permanentes ; Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China ; e dez são rotativos, ficando dois anos no órgão e sendo substituídos. O voto negativo de apenas um membro permanente configura veto a uma eventual resolução do conselho.
Em relação ao FMI, Dilma traçou um panorama da economia mundial. A presidenta disse que, passada a fase mais aguda da crise, ela ainda continua frágil, com níveis de desemprego ;inaceitáveis;, alcançando a marca de 200 milhões de pessoas nessa situação, de acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A presidenta ressaltou que o fenômeno atinge países desenvolvidos e em desenvolvimento e que é preciso reforçar as tendências de crescimento da economia que dá sinais de recuperação.
;Os países emergentes, sozinhos, não podem garantir a retomada do crescimento global. Mais do que nunca, é preciso uma ação coordenada para reduzir o desemprego e restabelecer o dinamismo do comércio internacional. Estamos todos no mesmo barco;, disse Dilma. O Brasil, segundo ela, conta com três linhas para a recuperação econômica: compromisso com políticas macroeconômicas sólidas, manutenção de políticas sociais inclusivas e adoção de medidas para aumentar sua produtividade e, consequentemente, a competitividade do país.