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Presidenta Dilma diz que única solução para conflito sírio é a negociação

Dilma disse nesta terça-feira (24/9) que o conflito armado na Síria comove e provoca indignação, com dois anos e meio de mortes e destruição, que causaram o maior desastre humanitário do século

postado em 24/09/2013 15:41
Dilma disse nesta terça-feira (24/9) que o conflito armado na Síria comove e provoca indignação, com dois anos e meio de mortes e destruição, que causaram o maior desastre humanitário do séculoApós defender uma reforma ;urgente; do Conselho de Segurança, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, a presidenta Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (24/9) que o conflito armado na Síria comove e provoca indignação, com dois anos e meio de mortes e destruição, que causaram o maior desastre humanitário do século. Segundo ela, a única solução para a crise é a negociação.

;Não há saída militar. A única solução é a negociação, o diálogo, o entendimento;, disse Dilma. Ela observou que o Brasil tem na descendência Síria um importante componente de sua nacionalidade, e está envolvido com o drama de sua população. ;É preciso impedir a morte de inocentes, crianças, homens, mulheres e idosos. É preciso calar a voz das armas ; convencionais ou químicas, do governo e dos rebeldes;.

A presidenta disse que a decisão do governo da Síria de assinar a Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas é decisiva para superar o conflito. O uso de armas químicas, reforçou a presidenta, ;é hediondo e inadmissível em qualquer situação;, e, por isso, o Brasil apoiou o acordo entre os Estados Unidos e a Rússia para eliminar o armamento. ;Cabe ao governo sírio cumpri-lo integralmente, de boa-fé e com ânimo cooperativo;.

A presidenta ressaltou que intervenções unilaterais, sem autorização do Conselho de Segurança, agravariam a instabilidade na região e aumentariam o sofrimento humano. Dilma disse que o Brasil se guia pela defesa de um mundo multilateral, regido pelo direito internacional, pela primazia da solução pacífica dos conflitos e pela busca de uma ordem solidária e justa, tanto econômica quanto social.



Ao falar sobre os conflitos, a presidenta aproveitou para dizer que é chegada a hora de atender às ;legítimas aspirações palestinas;, por um Estado independente e soberano, transformando em realidade o amplo consenso internacional em favor da solução do embate Israel-Palestina. ;A paz duradoura entre Israel e Palestina assume nova urgência diante das transformações pelas quais passa o Oriente Médio;

Dilma defendeu que a governança de um novo Conselho de Segurança reflita o peso das nações em desenvolvimento no mundo atual. Ela reforçou a necessidade de a ONU promover o multilateralismo, revigorando as esperanças das nações nas instituições internacionais. ;A história do século 20 mostra que o abandono do multilateralismo é o prelúdio de guerras, com seu rastro de miséria humana e devastação. Mostra também que a promoção do multilateralismo rende frutos nos planos ético, político e institucional;.

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