Daniela Garcia
postado em 01/10/2013 06:03
Sem o número mínimo de 492 mil assinaturas certificadas pela criação da Rede Sustentabilidade, a ex-senadora Marina Silva chega à antevéspera da sessão na qual o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apreciará a concessão do registro do partido com a estratégia de convencer os ministros a considerarem 95 mil fichas rejeitadas na fase de coleta de apoios. Pressionada, a presidenciável apela para o discurso de que a Rede foi ;injustiçada; por cartórios eleitorais, que, segundo ela, rejeitaram assinaturas ;sem justificação;. Conforme números do TSE, a sigla conta com 442 mil certidões ; 50 mil a menos que a quantidade exigida por lei.
[SAIBAMAIS]Marina, no entanto, se mostra confiante em uma decisão favorável no julgamento, marcado para quinta-feira. Relatora do processo, a ministra Laurita Vaz fixou prazo que se encerra às 18h de hoje para que o Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifeste no processo. A magistrada afirmou ontem, em entrevista à Rede Globo, que não há tempo hábil para que o pedido de registro seja apreciado na sessão extraordinária de amanhã, pois ela terá que analisar o novo parecer do MPE. Assim, o Dia D da Rede será a quinta-feira, quando o TSE realizará a última sessão até o prazo final de 5 de outubro, um ano antes das eleições de 2014.
A ex-senadora Marina Silva começou a semana decisiva para o futuro político reunida com a Executiva da Rede a fim de articular estratégias para que o partido receba o maior número possível de filiações até sexta-feira. Com um discurso de que a legenda representa um novidade no cenário político, Marina contestou a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista ao Correio, de que ela deveria assumir que a Rede será um partido tal como os outros, e não uma rede. Ex-filiada ao Partido dos Trabalhadores, ela lembrou que o PT sofreu críticas semelhantes quando foi criado na década de 1980. ;Diziam que nós éramos um partido que estava desconfigurando os partidos de esquerda. Era muito difícil convencer as pessoas de que, naquela época, o PT era uma atualização da política para um novo sujeito político que estava surgindo;, afirmou a ex-senadora.
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