Politica

Recém-criado Pros já tem a sétima bancada da Câmara dos Deputados

Legenda recém-criada promove cerimônia para filiar 28 deputados. Dirigentes dizem que trabalharam quatro anos para formalizar a sigla e alfinetam a Rede de Marina

Juliana Braga
postado em 03/10/2013 06:01
Parlamentares festejam as adesões ao Pros: partido formalizado na semana passada sonha com o Planalto

O Partido Republicano da Ordem Social (Pros) comemorou ontem, em ato no Salão Negro do Congresso Nacional, a filiação de 28 deputados federais. No evento, parlamentares ainda corriam para entregar as fichas de adesão aos dirigentes da legenda a tempo de respeitar os prazos eleitorais. O ato também oficializou a escolha do líder da sigla, o deputado federal Givaldo Carimbão (ex-PSB-AL), que conduzirá os trabalhos pelo menos até sábado, fim do prazo para a troca de partido. No discurso, os integrantes da nova legenda não pouparam a Rede Sustentabilidade de críticas e ressaltaram o tamanho do Pros, que já nasce com a sétima maior bancada da Câmara.

Além dos deputados federais, o presidente do Pros, Eurípedes Júnior, contabiliza 60 estaduais, 300 prefeitos e aproximadamente 4 mil vereadores. O trunfo, no entanto, são o governador do Ceará, Cid Gomes, e o irmão Ciro, dissidentes do PSB. Só os dois levaram quatro deputados federais, 11 estaduais e 50 prefeitos, entre eles, o de Fortaleza, Roberto Cláudio. ;O Pros veio para ficar. Pode ter certeza: nós chegaremos no (patamar) dos grandes partidos para, em algum tempo, ter também candidato a presidente da República;, disse Givaldo Carimbão.

A agremiação ainda conta com a possibilidade de a Rede, da ex-senadora Marina Silva, não ser validada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesse caso, eles esperam a adesão de Domingos Dutra (PT-MA), Miro Teixeira (PDT-RJ) e Osmar Terra (PMDB-RS). No evento da tarde de ontem, o Pros criticou o processo de criação da legenda de Marina e ressaltou que, ao contrário da Rede, passaram muito tempo recolhendo assinaturas. ;Viemos organizados em um trabalho de quatro anos, enquanto outras pessoas querem fazer projeto em sete meses. Não saí candidato em 2010 para poder me dedicar (à criação do partido);, disse Eurípedes Júnior.

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