Paulo de Tarso Lyra
postado em 04/10/2013 08:14
A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de negar o registro à Rede de Marina Silva provocou um alívio momentâneo no Palácio do Planalto e no PT, legenda que se empenhou fervorosamente, tanto no Congresso quanto na Justiça, para impedir a criação da sigla. Sem Marina - que decidirá nesta sexta-feira (5/10) se vai se filiar a alguma legenda para disputar as eleições de 2014, possivelmente o PEN ou o PPS -, aumentam as chances de a eleição ser decidida ainda em primeiro turno. ;Não foi o PT que derrotou a Rede. Foi Marina que demorou demais para criar o partido dela;, disse o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE). No entanto, a expectativa é de que a ex-senadora dificilmente ficará de fora da briga.
[SAIBAMAIS]Para o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB e pré-candidato do partido ao Planalto, a atuação do PT influenciou o resultado de quinta-feira (4/10) no TSE. ;Acompanhamos, desde o início, o esforço de Marina Silva para a formação da Rede e fomos solidários a ela, inclusive quando a truculência do PT se fez mais presente na tentativa de impedi-la de alcançar seu objetivo no Congresso. Lamentamos a decisão do TSE, mas temos que aceitar e respeitar a Justiça;, declarou Aécio, em nota. O tucano afirma que a presença de Marina na disputa presidencial, mesmo sem a Rede, engrandecerá o debate político do país.
A opinião é compartilhada por Eduardo Campos, governador de Pernambuco, presidente do PSB e provável nome do partido para a sucessão de Dilma. ;Continuamos solidários aos companheiros da Rede no esforço de construir um espaço na cena política. A sociedade deseja renovação, novas práticas. Seria bom para o Brasil ter um ambiente como o da Rede;, afirmou Campos.
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