postado em 04/10/2013 12:49
A ex-senadora Marina Silva anuncia nesta sexta-feira (4/10), às 15h, em Brasília, a decisão sobre o seu futuro político depois da derrota sofrida, na quinta-feira (3/10), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A corte negou o pedido de registro da Rede Sustentabilidade, liderada pela ex-candidata à Presidência. Hoje, no Senado, parlamentares lamentaram o resultado que tira a nova legenda da disputa eleitoral do próximo ano.Em discurso no plenário, o ex-companheiro de partido de Marina, senador Jorge Viana (PT-AC), saiu em defesa da criação do partido e disse que o Congresso tem responsabilidade nisso. ;As regras do jogo político no Brasil estão muito ruins e a culpa é de quem faz a legislação que somos nós. Por que a reforma política não sai?;
Viana disse que o troca-troca de partidos virou um comércio por mais tempo de propaganda na TV e participação no fundo partidário, criando uma situação ;vexatória; para o Parlamento. ;A legislação hoje ajuda a ficar pior o que já está ruim, quando você tem um partido igual ao Rede Sustentabilidade, que vem de um movimento social e quer buscar um registro partidário, e não passa [pelo TSE]. Aí passa o que não tem nenhuma representatividade social.;
Seguindo a mesma linha de críticas, o senador Pedro Simon (PMDB-RS), atacou a decisão da Justiça Eleitoral. ;A Rede Sustentabilidade provou que tinha as assinaturas e que seria um partido sério e responsável. Houve coisas estranhas;, disse. Simon alertou que, enquanto na região do ABC Paulista, recusaram 78% das fichas, ;no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina rejeitaram menos de 10%;.
[SAIBAMAIS]O senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) também levantou suspeitas sobre o processo. ;Ela [Marina Silva] tomou todas as providências. Acho que houve certo rigor em relação à análise das inscrições. Por que não fizeram isso em relação ao PROS [Partido Republicano da Ordem Social]?;, indagou o parlamentar ao citar o partido aprovado e que será presidido pelo ex-vereador da cidade de Planaltina de Goiás, Eurípedes Junior.
A decisão do TSE foi contrária a um desejo nacional e o TSE deveria ter aprovado, ao menos, um registro provisório, de acordo com Figueiró. ;Questão política se decide, não com os termos frios da lei, mas com a intenção da lei que foi a de criar partidos para dar oportunidade para que todas as correntes e opiniões do país se manifestem por meio de uma organização partidária;, disse.
A solução foi a mesma defendida pelo ex-ministro Nelson Jobim. Para ele, a melhor opção seria o TSE conceder o registro ao partido e, na sequência, definir prazo para que a Rede reunisse e validasse as assinaturas. ;Assim, você atende aos dois lados: respeita a exigência de ter as assinaturas, que não pode o tribunal recuar, e assegura, por essa forma, a concorrência [da legenda] nas eleições.;