Politica

Eliana Calmon diz estar disposta a se candidatar a uma vaga no Senado

Em entrevista ao Correio, a ministra do STJ analisa cenário político no estado para concorrer em 2014 e lamenta a recusa do TSE à criação do partido de Marina Silva. Por ser juíza, Eliana tem até abril para se filiar a um partido

postado em 06/10/2013 06:05

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Convidada por cinco partidos para disputar às eleições de 2014, a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon diz estar disposta a se candidatar a uma vaga no Senado. Em uma entrevista de mais de uma hora ao Correio, a magistrada que ficou conhecida por combater ;juízes de toga;, quando exerceu a função de corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), demonstrou que tem estudado os cenários políticos na Bahia e, embora não tenha escolhido uma legenda, já elegeu o PT como adversário. Ela teme, no entanto, diante de alianças partidárias, não conseguir espaço por conta da concorrência ;com estrelas de primeira grandeza;. Eliana diz não estar preparada para cargos no Executivo, só no Legislativo, mas não quer a Câmara: ;No Senado eu sei o que eu faria;, afirma. A ministra critica a decisão do STF de possibilitar novo julgamento para réus do mensalão e opina que Marina Silva não conseguiu o registro da Rede Sustentabilidade por ;excesso de zelo; na fase de coleta de assinaturas. Por ser magistrada, Eliana tem até abril de 2014 para se filiar a um partido a tempo de disputar as eleições.


Como a senhora vê o excesso de partidos no país?
Fico muito preocupada, porque, na realidade, o que tenho observado é que os partidos não têm ideologia, não têm plataforma política. Quando você não tem freios, termina havendo esta grande confusão. Ou seja, uma série de partidos que não têm razão de ser porque pegam velhas figuras para aquecer. Vejo com preocupação esse partidarismo exacerbado. Não têm representatividade efetiva. É um oportunismo muito grande.

E o partido da Marina Silva (que não foi aprovado)?
Não. A Rede seria diferente. A Rede é dos sonhadores. Ela terminou sendo prejudicada talvez pelo excesso de zelo que teve, porque, no início, não permitia que certas pessoas quisessem assinar como pertencentes ao partido. Ela queria fazer um partido diferente de tudo o que está aí. Selecionou muito. E a partir dessa seleção, deixou escapar.

É uma contradição o TSE aprovar o Pros e o Solidariedade e rejeitar a Rede?
Vejo isso com normalidade porque quando falta um requisito objetivo é muito difícil contornar. Porque, se aceitasse a Rede, estaria dizendo que aceitava a transgressão de uma norma. No caso do Solidariedade foi aceito, mas isso pode ser revisto se comprovada fraude. É diferente.

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