Leonardo Cavalcanti, Daniela Garcia, Paulo de Tarso Lyra
postado em 09/10/2013 06:00
Ao contrário da garantia dada por aliados do PSB e da Rede, Marina Silva evita confirmar que será candidata a vice-presidente na chapa encabeçada pelo governador de Pernambuco e presidente do partido socialista, Eduardo Campos. Ao longo de uma entrevista de 50 minutos ao Correio na tarde de ontem, a ex-senadora classificou a aliança de ;programática;. A questão eleitoral deverá ser tratada apenas no próximo ano.
;Neste momento, eu achava que tinha de marcar posição. Uma candidatura que eu acreditava que poderia se comprometer com esses ideais e essas propostas era a dele (Eduardo Campos), então a Rede quis fazer uma aliança, reconhecendo que ele já havia lançado a candidatura, reconhecendo que ele deveria se comprometer na elaboração de uma aliança programática. Ele ficou muito surpreso com isso;, afirmou.
Segundo Marina, a união com o PSB não foi uma vingança contra o PT e os governistas - ela definiu a manobra como um ;ato de legítima defesa da esperança;. ;Acredito que é possível fazer um realinhamento histórico;, disse, referindo-se à disputa hegemônica entre petistas e tucanos nas últimas eleições.
Depois do anúncio da filiação ao PSB no sábado, Marina conta que falou outras três vezes com Eduardo Campos, todas por telefone. Os contatos foram feitos para combinar o primeiro programa de televisão do PSB com Marina, previsto para ser exibido amanhã. Nele, serão mostradas as imagens dos dois juntos, durante o ato de sábado. As frases fortes dela contra o veto da Justiça Eleitoral ao registro da Rede estarão no ar. ;Achavam que tinham nos abatido, mas estamos aqui;, disse Marina, no momento do anúncio da filiação.
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