Politica

Decisão sobre quem será o candidato do PSB à presidência ficará para 2014

O governador de Pernambuco e a ex-senadora definem a estratégia para a pré-campanha ao Palácio do Planalto: eles pretendem primeiro estimular o debate nacional.

Paulo de Tarso Lyra
postado em 11/10/2013 06:00
Marina e Eduardo, durante entrevista em um hotel no Centro de São Paulo: integrantes da Rede e do PSB vão discutir o programa de governo

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva decidiram explorar politicamente a polêmica gerada nos últimos dias sobre quem será o cabeça de chapa nas eleições presidenciais do ano que vem. Os dois almoçaram ontem em São Paulo, no primeiro encontro deles após o anúncio da aliança, no último sábado, em Brasília. E decidiram esticar ao máximo a definição sobre quem será o candidato ao Planalto. ;Temos a necessidade de começar a mudança política. E vamos começar cometendo os mesmos erros das práticas políticas que estamos condenando? Começar a discussão pela chapa, nomes, arranjo eleitoral para ir para o político de novo? Não, nós temos clareza de que essa é a hora de debater conteúdo, o futuro. Em 2014, vamos tomar a decisão sobre a chapa;, afirmou Campos.

[SAIBAMAIS]Marina concordou com as palavras do presidente do PSB e afirmou que a parceria entre ambos inverte a lógica da política tradicional. ;Tradicionalmente, faz-se uma aliança eleitoral, ganha-se o governo e depois inventa-se um programa. Nós estamos fazendo uma união programática, vamos adensar a aliança, dar substância ao conteúdo e, aí, sim, a aliança programática poderá se tornar uma aliança fática;, disse Marina.

A estratégia foi desenhada durante a reunião de duas horas ontem entre Eduardo e Marina. Os dois avaliaram a repercussão da polêmica sobre a cabeça de chapa, que abriu uma discussão entre a militância dos dois partidos e ministros do governo Dilma Rousseff, além de fomentar debates em redes sociais e nas páginas de jornal. A análise é de que, nesse momento, o melhor a se fazer é deixar a dúvida no ar para confundir os adversários. Não sem antes alfinetar os demais postulantes ao Palácio do Planalto.



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