postado em 11/10/2013 12:52
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, disseram, na manhã desta sexta-feira (11/10), que o Ministério Público Federal não deve ser o ;protagonista; das eleições de 2014. Para Aragão, o MPF não deve ;ser muito duro; com os candidatos, para não ser usado como instrumento na disputa entre eles. Sobre a exploração das imagens dos prá-candidatos à Presidência da República ; a presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves, o governador Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva ; em horários políticos dos partidos na TV, ele afirmou que, ;de modo geral;, ainda não viu ;nada de errado;.
Aragão adota uma posição diferente de sua antecessora no cargo, a procuradora Sandra Cureau, que foi criticada diretamente por ele. ;Ela tinha o critério dela, que passava a régua, e eu acho que a gente tem de mudar o patamar disso. Sabe o que acontece? Se a gente for muito duro, o Ministério Público acaba virando um instrumento da disputa. Um (candidato) vai para o MP, o outro vai para o MP, ou seja, passa ser o porrete com que os candidatos jogam;, disse Aragão.
[SAIBAMAIS]Antes dele, em café da manhã com jornalistas, Janot já havia dito que o MPF não deve roubar a cena nas eleições. ;Os artistas do processo eleitoral são os políticos e não o Ministério Público;, avaliou.
Em maio, Sandra Cureau pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma multa ao PT e a presidente Dilma Rousseff por propaganda eleitoral antecipada em programas no horário político do partido. Embora tenha dito que eu não se sinta ;à vontade de chegar e desautorizar representações feitas pela doutora Sandra Cureau;, Aragão disse que não viu abuso.