Politica

Verdadeiro valor do vice em uma chapa mantém indefinidas alianças para 2014

Entre os prováveis protagonistas da corrida presidencial, apenas Dilma sinaliza definição e deve repetir a chapa de 2010. Principal incógnita paira sobre a aliança entre Marina e Eduardo

Paulo de Tarso Lyra
postado em 12/10/2013 08:00
Marina e Eduardo formalizaram a aliança dois dias depois de a ex-senadora ter o registro da Rede negado

A polêmica sobre quem será o cabeça de chapa na aliança entre o PSB e a Rede e quais são os ganhos eleitorais herdados pelo presidente do partido socialista e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, após a parceria com Marina Silva, reacendeu o questionamento sobre quanto vale o segundo posto em uma coligação. O tema é tão delicado que entre os principais pré-candidatos ao Planalto em 2014, apenas a presidente Dilma Rousseff sinaliza definição e deve repetir a aliança com Michel Temer, do PMDB. Já a chapa do tucano Aécio Neves segue indefinida.

;A primeira missão de um vice é não atrapalhar. Em alguns casos, eles até ajudam, mas isso ocorre em uma segunda etapa;, brincou o senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Desde a redemocratização, em 1985, o Brasil já teve cinco vice-presidentes. Dois deles, José Sarney e Itamar Franco, acabaram assumindo o Planalto. Os demais foram escolhidos por razões distintas e específicas (veja quadro).

O debate atual envolve a aliança de Marina e Eduardo. Para o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, a entrada da ex-senadora na chapa traz para o campo dos socialistas o discurso ambiental, que sempre ficou em segundo plano nos debates programáticos, além de aumentar a influência da candidatura no eleitorado urbano. ;Não podemos esquecer que Marina também representa o eleitor que não está satisfeito com o modo atual de fazer política;, completou Amaral.

Para Valdir Raupp, sonháticos e pessebistas estão equivocados no debate sobre a transferência de votos. Na opinião do peemedebista, se já não é segura a transferência de votos do titular da candidatura, o fenômeno se dilui ainda mais quando o escolhido assume uma posição de menos destaque na aliança. ;Duvido que Marina leve para Eduardo os quase 20 milhões de votos que teve em 2010. Se levar 50% disso, está muito bom;, completou Raupp. Ontem, Dilma classificou a aliança de ;oscilações conjunturais próprias do processo eleitoral;.

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