postado em 12/10/2013 14:04
;É importante o fato de que o Brasil é um dos únicos países em que manifestações não foram demonizadas e colocadas como um inimigo público número 1. Temos escutado e entendido as vozes das ruas e temos avançado. Para nós, há um resultado importante desse processo de pactuação;, disse Dilma.
[SAIBAMAIS]Em relação à mobilidade, a presidenta lembrou a falta de investimentos nas últimas décadas. ;Os pactos representam, mais do que tudo, uma direção. No caso especifico da mobilidade, é o reconhecimento de que nosso país, há 30, 40 anos, não investia em mobilidade de forma adequada, necessária e sistemática.; Ela enfatizou a importância dos investimentos em metrôs como a forma mais eficiente de transporte nos grandes centros. Essa modalidade, segundo a presidenta, foi improvisada na maioria das cidades.
Outro ponto citado por Dilma como um avanço decorrente das manifestações que ocorreram foi a aprovação, em agosto, do projeto de lei que destina os royalties oriundos da exploração do petróleo à educação e à saúde. ;Foi uma grande conquista assegurada por esse momento político. Por duas vezes, mandei para o Congresso a destinação dos royalties e não consegui aprovar;, lembrou.
Sobre a saúde, a presidenta agradeceu a aprovação da Medida Provisória (MP) do Programa Mais Médicos pela Câmara, que agora vai à apreciação do Senado. ;Agradeço ao Congresso a aprovação da MP, mesmo que não concordemos com tudo, mas com o básico. Queremos que esse processo de entrada dos médicos se acelere e se faça para beneficiar a população que não tem acesso [aos serviços de saúde]", disse.
Em relação à reforma política, a presidenta destacou que a medida depende do Congresso e que é de interesse do país que sejam feitas mudanças no sentido de haver mais transparência. Dilma lembrou as comemorações dos 25 anos da Constituição Federal e disse que, agora, o Brasil é uma democracia experiente que precisa de "ajustamento".
Sobre a estabilidade econômica, a presidenta disse que a inflação está sob controle e que o Brasil tem uma baixa relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB) se comparado a outros países. ;Em agosto, [a relação dívida/PIB] estava em 33,4%, uma das menores do mudo. O endividamento é bastante baixo;, informou, citando também a taxa de desemprego verificada no país, cerca de 5,3%, que, segundo ela, é uma ;situação confortável;.
No evento do qual Dilma participou na capital gaúcha, também estavam presentes os ministros do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas; da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário; e da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas; o governador do estado, Tarso Genro; o presidente da Assembleia Legislativa, Pedro Westphalen (PP); entre outras autoridades.