As expectativas do Palácio do Planalto se confirmaram e o primeiro Dia do Professor após os protestos que varreram o país a partir de junho terminou marcado por uma mobilização nacional com caráter político. Em 15 unidades da Federação, profissionais ligados à educação e estudantes ocuparam as ruas, e as reivindicações por melhorias no setor se misturaram a cartazes contra governantes. Nas duas maiores cidades do país, os governadores Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ), além do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), foram alvo dos manifestantes. Os atos culminaram em confrontos com policiais e também houve ocorrência de vandalismo praticado por mascarados.
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Alckmin, Cabral e Paes não comentaram os protestos. Já o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tentou contornar o desgaste, evitou polêmicas com a categoria e prometeu lançar, em breve, um programa de valorização do professor. Segundo ele, essa é uma das prioridades do governo federal. O ministro também ressaltou que estuda mecanismos para melhorar a qualidade das aulas e a remuneração dos docentes, mas não detalhou os planos federais. Apesar da sinalização, especialistas acreditam que a mobilização dos professores se soma à insatisfação popular que levou milhares de pessoas às ruas do país em junho e terá reflexo nas urnas em 2014.
;Os problemas continuam, não foram enfrentados corretamente. Estamos em uma fase de mudanças importantes para o país. Não são questões paliativas, são estruturais;, avalia o cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB) João Paulo Peixoto. Na opinião do professor, a questão da educação chegou ao limite. ;Não é possível que um professor da rede municipal chegue ao fim de carreira com salário de R$ 6 mil. Isso é a ponta do iceberg. Todo sistema educacional está assim;, comenta.
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