Politica

55 milhões de eleitores tiram o sono dos candidatos à Presidência

Quem quiser subir a rampa do Planalto a partir de 1º de janeiro de 2015 terá que conquistar votos de um público considerado independente e sofisticado pelos analistas. Essa parcela da população aguardará o desenrolar da corrida presidencial para escolher o candidato que apresente as melhores propostas

Paulo de Tarso Lyra
postado em 20/10/2013 08:00

Quem quiser subir a rampa do Planalto a partir de 1º de janeiro de 2015 terá que conquistar votos de um público considerado independente e sofisticado pelos analistas. Essa parcela da população aguardará o desenrolar da corrida presidencial para escolher o candidato que apresente as melhores propostas

Um batalhão de 55 milhões de eleitores tira o sono dos candidatos à Presidência da República em 2014 e dos respectivos marqueteiros e estrategistas das campanhas. Esse contingente, maior que as populações da Espanha, do Canadá e da Argentina e quase do tamanho da Itália, corresponde aos 40% de eleitores brasileiros que não estão cristalizados em torno de um partido político ou de um candidato apoiado por grupos específicos. Eles migram de um nome para o outro, ou atrasam a definição sobre quem apoiarão, em busca do candidato que atenderá os anseios e as expectativas particulares.

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Os políticos estão aprendendo que classificar esse grupo meramente como ;indeciso; é um risco. Pelo contrário, essa parcela da população é considerada mais madura do que os eleitores cativos. ;Eles são muito mais exigentes, esperam para ouvir as propostas de cada um e analisam com cuidado tudo o que ouvem. É preciso mais sofisticação para convencê-los;, acredita o secretário-geral do PT, deputado federal Paulo Teixeira (SP).

Alguns fatores concretos podem ajudar a sedimentar o apoio do eleitorado, como, por exemplo, a indicação do candidato por um padrinho famoso. Foi o caso de Luiz Inácio Lula da Silva em relação a Dilma Rousseff. A composição dos palanques regionais também pesa (veja página 3), ou até mesmo a sugestão de última hora feita por um amigo. Em 2010, por exemplo, 8% dos eleitores confirmaram que escolheram o candidato no momento em que estavam na fila de votação.

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