postado em 23/10/2013 08:05
Um argumento que mexe com os brios do parlamento brasileiro convenceu os líderes partidários a apressarem a votação do projeto que acaba com a autorização prévia para produção de biografias: o risco de o Supremo Tribunal Federal (STF) passar mais uma vez à frente do Congresso. A Corte tem agendada para novembro audiência sobre uma ação que questiona a regra e o julgamento deve ocorrer em seguida. Temendo serem ;ultrapassados; pelo Judiciário, os deputados concordaram em votar ainda nesta quarta-feira (23/10) o texto.Na terça-feira (22/10), mais figuras famosas entraram no debate. A mulher e empresária do cantor Paulinho da Viola, Lila Rabello, assegurou ao site Glamurama que ele ;é a favor da liberdade de expressão e de biografias não autorizadas;. E o escritor Marcelo Rubens Paiva citou os 25 anos da Constituição para reforçar a importância de se viver em um país sem censura.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), entrou na reunião de líderes sugerindo que o tema fosse discutido em comissão geral para ser votado em novembro. A fala do autor do projeto, Newton Lima (PT-SP), foi mais convincente. ;Comentei que, do jeito que a pauta está, a votação não ia ser este ano e mais uma vez o Supremo ia passar na nossa frente, o que não poderíamos deixar, já que tanto reclamamos dessa invasão.; Depois do comentário, todos os líderes assinaram o requerimento de urgência.