Luiz Carlos Azedo
postado em 28/10/2013 07:51
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha para remover a candidatura do presidente do PSD, Gilberto Kassab, ao Palácio dos Bandeirantes, mas para isso teria que ceder a vaga de vice na chapa do ministro da Saúde, Antônio Padilha, o candidato do PT. A vaga do Senado já está comprometida com o senador Eduardo Suplicy (PT), que pretende manter o mandato. Kassab avalia ter mais chances do que Padilha de vencer as eleições, pois derrotou o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que é candidato à reeleição, quando se elegeu prefeito de São Paulo, em 2008. Por isso mesmo, resiste ao assédio de Lula.A candidatura de Kassab faz parte da estratégia para consolidação do PSD como um dos principais partidos do país, avalia o líder da bancada na Câmara, Eduardo Sciarra (PR), que hoje comanda 42 deputados. ;Ele já derrotou o Alckmin na disputa pela prefeitura de São Paulo e está percorrendo o estado, montando a nossa chapa proporcional. Não dependemos de ninguém para ter tempo de televisão. Ele terá uma grande votação. Além disso, em qualquer situação, pode eleger de 8 a 12 deputados federais, o que consolidará sua liderança nacional;, completa.
Na verdade, o PSD enfrenta dificuldades para ter candidaturas próprias na maioria dos estados, porque a legenda foi formada mediante acordos feitos pelo ex-prefeito de São Paulo com governadores dos principais estados do país. É o caso, por exemplo, do Rio de Janeiro, onde a bancada está na base de apoio do governador Sérgio Cabral (PMDB). Um de seus integrantes, só para citar um exemplo, é o deputado Felipe Burnier, filho do prefeito de Nova Iguaçu, Nelson Burnier, um dos caciques do PMDB. Não foi à toa que, na terça-feira passada, Kassab almoçou no restaurante Piantella com o líder da bancada do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), que também o ajudou a estruturar o PSD no Rio de Janeiro.
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