Luiz Carlos Azedo
postado em 04/11/2013 06:04
Não é fácil para o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), administrar as manhas do ex-governador José Serra (SP) para tomar-lhe a vaga de candidato a presidente da República. Contabiliza como grande vitória a permanência do colega tucano no PSDB, mas Serra ainda recusa todas as propostas de acordo e agora sonha com o Palácio dos Bandeirantes. Recentemente, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ofereceram-lhe a vaga de vice na chapa de Aécio. Serra pediu tempo para pensar e, dias depois, voltou com a seguinte contraproposta: Alckmin na vice de Aécio e ele, Serra, candidato a governador de São Paulo. É claro que a proposta acabou rechaçada.
Com todos os problemas que enfrenta, Alckmin ainda é o favorito na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. A aprovação de seu governo despencou de 52% para 38% depois das manifestações de junho, segundo a última pesquisa Datafolha, mas 40% dos paulistanos consideram seu governo regular. A taxa dos que avaliavam a gestão tucana como ruim ou péssima subira de 10% para 20%. O desempenho do petista Fernando Haddad (PT) à frente da prefeitura de São Paulo, porém, teve avaliação muito pior: caiu de 34% para 18% de bom e ótimo; o índice de ruim e péssimo subiu de 21% para 40%. Ou seja, o PT perdeu o gás que havia adquirido na eleição municipal.
Candidato natural à reeleição, Alckmin continua sendo o melhor nome para enfrentar a oposição, pois teria 40% de intenções de votos, sobretudo devido ao prestígio que ainda desfruta no interior. Hoje, seu principal adversário seria Paulo Skaf (PMDB), que oscilou de 16% para 19% de intenções de votos. O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) já foi mais forte, caiu de 9% para 6%; e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é o poste que não decolou, pois oscilou de 4% para 3%. Mesmo contra Lula, Alckmin manteria o favoritismo, com 34% de intenções de votos contra 22% do petista.
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